terça-feira, 25 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
Tudo
Tudo azul
Todo mundo nu
No Brasil
Sol de norte a sul
Tudo bem
Tudo zen
Meu bem
Tudo sem
Força e direção
Nós somos muitos
Não somos fracos
Somos sozinhos nesta multidão
Nós somos só um coração
Sangrando pelo sonho
De viver
Eu nunca fui o rei do baião
Não sei fazer chover no sertão
Sou flagelado da paixão
Retirante do amor
Desempregado do coração
Tudo Azul - Lulu Santos
Todo mundo nu
No Brasil
Sol de norte a sul
Tudo bem
Tudo zen
Meu bem
Tudo sem
Força e direção
Nós somos muitos
Não somos fracos
Somos sozinhos nesta multidão
Nós somos só um coração
Sangrando pelo sonho
De viver
Eu nunca fui o rei do baião
Não sei fazer chover no sertão
Sou flagelado da paixão
Retirante do amor
Desempregado do coração
Tudo Azul - Lulu Santos
domingo, 9 de maio de 2010
Do céu ao inferno
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente
Soneto de Separação - Vinicius de Moraes
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente
Soneto de Separação - Vinicius de Moraes
terça-feira, 4 de maio de 2010
Greve
Como emagrecer:
Bandejão fechado = Regime
Falta de Circular = Andar, subir e descer ladeiras
Biblioteca fechada = Ir a outros lugares da cidade
Falta de Projetor = Professores escrevendo no quadro
Sei que isso é completamente ingênuo, mas tenho que enxergar essa greve com bom humor, tamanha as consequências negativas em meu dia-a-dia.
Bandejão fechado = Regime
Falta de Circular = Andar, subir e descer ladeiras
Biblioteca fechada = Ir a outros lugares da cidade
Falta de Projetor = Professores escrevendo no quadro
Sei que isso é completamente ingênuo, mas tenho que enxergar essa greve com bom humor, tamanha as consequências negativas em meu dia-a-dia.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Saudade
Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
Clarice Lispector
Clarice Lispector
terça-feira, 27 de abril de 2010
Mudança
Pois hoje amanheci triste e uma velhinha mudou meu dia.
Disse que sou radiante e que meus olhos têm tudo a ver com meu nome - Sol.
Elogios são bons, às vezes.
Disse que sou radiante e que meus olhos têm tudo a ver com meu nome - Sol.
Elogios são bons, às vezes.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Homem
Eu, definitivamente, preciso de alguém para matar baratas para mim. Na primeira eu simplesmente me arrependi de morar sozinha.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
domingo, 11 de abril de 2010
Geografia
Tentei ao máximo segurar essa postagem para não parecer tendenciosa. Sendo niteroiense e estudante de Geografia é delicado falar da situação das chuvas do Rio de Janeiro.
Até quando fenômenos naturais em potência elevada podem servir como justificativa para escorregamentos de terra (eis a palavra correta), alagamentos, árvores caídas etc?
Não sei exatamente como é a situação do Rio, mas aqui em São Paulo desde 2004 a Defesa Civil não faz registros dos escorregamentos. Impressionante, não? Pior ainda se pensarmos que sem documentos fica quase impossível a realização de estudos sobre áreas de risco.
As obras de urbanização em morros (algo contestável, pois se não fizessem igualmente reclamariam, apesar de serem obras para formar um curral eleitoral) e a falta de educação e/ou preguiça do povo em jogar lixo no local correto são “apenas” agravantes para as catástrofes presenciadas nessa semana.
A televisão mostra como se fosse simples deslocar comunidades de um canto a outro – e realmente pode ser, a exemplo da Cidade de Deus ou quando realizam desabamentos para a construção de aterros. Entretanto, pela falta de estrutura e pela localização onde geralmente constroem essas novas casas, o risco de que volte a ter uma população no morro desocupado é enorme. As autoridades só fazem tal obra quando ela se torna rentável.
A ocupação dos morros no Brasil é fruto da história e, por tal razão, muitas vezes a damos um tratamento romantizado. Favela não é um local apropriado para se viver. Violência e falta de saneamento só são bonitos em novelas e filmes.
Enfim, só espero que nos próximos anos as cidades Sorriso e Maravilhosa possam fazer honra aos apelidos e que levem mais a sério o possível trabalho de geógrafos, meteorologistas, engenheiros, etc. Fundos de Vale e encostas não são locais para moradia sem planejamento.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
"é um andar solitário entre a gente"
Pois estou começando a gostar disso.
São Paulo é puro paradoxo.
E ainda aviso aos navegantes: Essa cidade vicia.
São Paulo é puro paradoxo.
E ainda aviso aos navegantes: Essa cidade vicia.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Ensinamento do dia
Enquanto os relógios da cidade marcam 18ºC, na USP marca 12ºC.
Duas conclusões:
As ilhas de calor realmente existem;
Quando sua mãe falar para levar um casaco para a escola, leve!
Duas conclusões:
As ilhas de calor realmente existem;
Quando sua mãe falar para levar um casaco para a escola, leve!
segunda-feira, 5 de abril de 2010
As feministas que me perdoem
Mas eu não nasci para carregar por 10 andares de escada uma mala de 44 kg. Sim, eu fiz isso sozinha. E não gostei.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
domingo, 28 de março de 2010
Vida
Antes falar sobre minha volta devo dizer isso.
É estranho começar uma nova vida sem algumas pessoas especiais.
Tenho que lutar para que elas permaneçam todos os dias em minha mente.
O desaparecimento não ocorrerá, porém o esquecimento - apesar de todo amor e importância -às vezes acontece.
(Não, isso não é relacionado à família. E deixo claro que quem cozinhou aquela a comida do post anterior fui eu)
É estranho começar uma nova vida sem algumas pessoas especiais.
Tenho que lutar para que elas permaneçam todos os dias em minha mente.
O desaparecimento não ocorrerá, porém o esquecimento - apesar de todo amor e importância -às vezes acontece.
(Não, isso não é relacionado à família. E deixo claro que quem cozinhou aquela a comida do post anterior fui eu)
segunda-feira, 22 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
Essa semana me perguntaram:
- O que faz de São Paulo tudo o que é?
A resposta é simples e curta:
- Gente.
A resposta é simples e curta:
- Gente.
domingo, 14 de março de 2010
É difícil
Ontem acordei 7h da manhã, peguei ônibus às 8h e às 9h estava na Paulista preparada para a aula de campo que teríamos pelo centro da cidade.
Saímos de lá por ser considerado o Centro Novo, onde estão instaladas as sedes dos grandes bancos. Depois da criação dessa importante avenida, São Paulo tornou-se uma cidade policêntrica, sendo esses três centros o Antigo (com as sedes burocráticas), a Berrine (com as multinacionais), e a já citada, Paulista.Enfim, não vim aqui para falar isso. Pegamos uma rua consideravelmente calma e seguimos em direção ao Bexiga, o famoso bairro das Cantinas Italianas. O objetivo central da aula era treinar nossa visão geográfica e confirmar a famosa frase de Milton Santos: "O espaço é a acumulação desigual de tempos". Em uma explicação simplificada, numa mesma rua, ou seja, espaço, podem conviver prédios de diferentes séculos. Numa área mais física, uma rocha igualmente acumula tempos a partir da erosão.
Nós não visitamos apenas os pontos turísticos de São Paulo como a Igreja da Sé e a Estação da Luz, geógrafos precisam estar compromissados com a história. Não podemos olhar para um local e simplesmente constatarmos algumas diferanças. Isso é somente descrever.
Passando para a parte lúdica do dia, no final eu e mais três colegas de sala resolvemos ir ao Mercado Municipal. Quatro pessoas destruídas depois de andar cinco horas seguidas, mas fomos. Comemos os famosos sanduíches e compramos doces, depois seguimos pela 25 de março suja por um dia de comércio intenso, pegamos um metrô e cada um foi para sua casa (sendo que a maioria depois pegou um ônibus, pois é, metrópole...)
sexta-feira, 12 de março de 2010
Resumo
Três semanas se passaram. Acho que agora conseguirei escrever algo.
Ri, chorei, tive calo na mão e nos pés, peguei o ônbus errado, comecei a estudar francês, fiz compras, escutei grilos e sapos. Subi escada, conheci novas pessoas, tirei xerox, fui ao bandeijão, recebi cantada na física, andei como nunca. Li (em português, espanhol, inglês e francês). Vi o Aziz, lavei louça, fofoquei, varri o chão, recolhi o lixo, grifei, estudei, vi a beleza no cinza. Senti a delícia de uma garoa no final de uma tarde típica de verão.
Foi assim.
Ri, chorei, tive calo na mão e nos pés, peguei o ônbus errado, comecei a estudar francês, fiz compras, escutei grilos e sapos. Subi escada, conheci novas pessoas, tirei xerox, fui ao bandeijão, recebi cantada na física, andei como nunca. Li (em português, espanhol, inglês e francês). Vi o Aziz, lavei louça, fofoquei, varri o chão, recolhi o lixo, grifei, estudei, vi a beleza no cinza. Senti a delícia de uma garoa no final de uma tarde típica de verão.
Foi assim.
Coração fluminense, pés capixabas, cabeça paulista.
Coração que me dá vida. Pés que me sustentam. Cabeça que espera pensar.
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